PSICANÁLISE E HOSPITAL: QUESTÕES DISCURSIVAS A PARTIR DE TRÊS EXPERIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-279Palabras clave:
Psicanálise, Hospital, Saúde mentalResumen
O presente artigo é fruto do trabalho realizado por psicanalistas a partir de sua inserção em diferentes instituições de saúde. Nossa visada é dar voz aos sujeitos que ali estão acometidos pelos mais diversos atravessamentos em seus corpos – corpos que, como entendemos, não se resumem a um organismo. Verificamos que, muitas vezes, ao serem identificados a um diagnóstico ou mesmo a uma categoria comportamental, se esvazia a possibilidade de se dar crédito àquilo que os pacientes dizem a respeito de si mesmos ou sobre a situação pela qual estão passando, o que pode produzir uma outra fonte de sofrimento. Na contramão dessa perspectiva, no discurso da psicanálise o gente se dirige ao sujeito, permitindo a este produzir algo ao tomar seu lugar de fala. Eis o fundamento de nossa metodologia, tanto em sua vertente de trabalho com o paciente, como no de pesquisa, tendo ambos uma relação moebiana – relação esta que Elia (2023) aproximou à de pesquisante. Com o objetivo de verificarmos o lugar do psicanalista na instituição e os efeitos de seu trabalho, reunimos experiências clínicas hospitalares e ambulatoriais em três diferentes dispositivos pertencentes à rede SUS.
