Do povo da rua à população carcerária: mulheres, rua e prisão
Palavras-chave:
Mulheres presas , Antropologia do Estado, Mulheres em situação de ruaResumo
O intuito da pesquisa é demonstrar, por meio de narrativas de seis mulheres com
trajetórias de rua que estavam presas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal,
que algumas existências são invisíveis para o Estado. O modo de gestão do Estado está
baseado na biopolítica em que o objetivo é gerir através de taxas populacionais que
dizem respeito à vida humana. As pessoas que estão fora dessas taxas não são contadas, o que torna suas existências invisíveis frente aos mecanismos de poder. As vidas destas mulheres com trajetórias de rua são reconhecidas pelo Estado a partir do momento em que passam a fazer parte da população carcerária, sendo que quando podem ser reguladas pelos mecanismos de poder é que suas existências são reconhecidas e conseguem acesso a serviços básicos de subsistência.