A IMPOSIÇÃO DA CULTURA DIGITAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA DURANTE A CRISE SANITÁRIA DE COVID-19 E A EXCLUSÃO DE SERTANEJOS, INDÍGENAS E QUILOMBOLAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-082Palavras-chave:
Analógico, Educação intercultural, Multiculturalidade, Pandemia, SubculturaResumo
A crise sanitária mundial de Covid-19 impactou o sistema educacional brasileiro, constituindo-se em uma preocupação real para a pesquisa em ensino de ciências. Quais são as relações impostas pelas subculturas analógica e digital às relações educacionais virtuais em uma sala de aula multicultural no Sertão de Pernambuco, durante a sindemia de Covid-19? Perseguindo essa problemática, objetivou-se analisar as relações interculturais entre as subculturas analógica e digital que perpassam as culturas indígenas, quilombola, sertaneja e urbana em uma intervenção didático-pedagógica virtual. Percebeu-se que o desenvolvimento de uma cultura digital depende do arcabouço cultural do estudante, assim como do acesso às tecnologias e Internet de qualidade. Verificamos diferenças na apropriação da subcultura digital conforme as culturas extraescolares. Isso afeta e dinamiza o processo de aprendizagem em modelo educacional digital, reforçando o papel da escola e do professor na promoção de estratégias didático-pedagógicas que contribuam com a aprendizagem intercultural. A subcultura digital pode intensificar a exclusão de culturas minoritárias caso assuma práticas de dominação colonizadora onde é supervalorizada frente a subcultura analógica que constitui os estudantes.