COLONIALIDADE DE DECOLONIALIDADE: UMA REFLEXÃO A PARTIR DO OLHAR PEDAGÓGICO-EDUCACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-052Palavras-chave:
Educação, Colonialidade, Decolonialidade, Formação docenteResumo
Este artigo aborda a trajetória conceitual que articula colonialidade, pós-colonialismo e decolonialidade, ressaltando a mudança de mentalidade como elemento central na construção de novas formas de ser e agir, especialmente nas relações com a alteridade. Com base em uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo, o estudo evidencia como a produção acadêmica - oriunda de diferentes contextos geográficos e culturais têm contribuído significativamente para o aprofundamento da crítica às lógicas coloniais e para a formulação de alternativas decoloniais. Aspectos estruturantes, como as relações de poder, as desigualdades de gênero, a lógica de mercado e a hegemonia ocidental branca, são analisados como mecanismos que sustentam a dominação, o racismo e a reprodução das desigualdades sociais. Nesse percurso, o pós-colonialismo emerge como campo crítico que problematiza a herança colonial e aponta caminhos para relações equitativas. No entanto, é a decolonialidade que propõe uma ruptura epistemológica e prática com os padrões que sustentam o colonialismo. Ao discutir conceitos como colonialidade do poder, do saber, do ser e de gênero, o artigo propõe uma pedagogia decolonial crítica, baseada na valorização dos saberes marginalizados, na desconstrução das narrativas eurocêntricas e no compromisso com a justiça social. Conclui-se que a decolonialidade, enquanto proposta ética, política e pedagógica, oferece caminhos potentes para repensar a educação de forma mais plural, emancipadora e comprometida com os sujeitos historicamente oprimidos.