USO DE PACLOBUTRAZOL NO TOMATEIRO COMO ESTRATÉGIA AUXILIAR NO MANEJO CULTURAL E FITOSSANITÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-086Palavras-chave:
Solanum lycopersicum L., Regulador de crescimento, Hidroponia, Produtividade, Manejo fitossanitárioResumo
Sendo uma olerícola de alto valor econômico, conhecida por seu sabor adocicado, formato atrativo e versatilidade no consumo, o tomate grape (Solanum lycopersicum L.), discorre de uma crescente demanda no mercado, o que está promovendo o aprimoramento das práticas agrícolas, especialmente em sistemas hidropônicos, que permitem maior controle sobre as condições ambientais e nutricionais. No entanto, o crescimento vegetativo vigoroso de cultivares indeterminados exige intensos tratos culturais, como tutoramento e desbrota, aumentando os custos operacionais. O paclobutrazol (PBZ), um inibidor da biossíntese de giberelinas, tem sido utilizado para controlar o crescimento das plantas, reduzindo a necessidade de mão de obra e facilitando o manejo fitossanitário. Este estudo avaliou o impacto do PBZ no desenvolvimento e produtividade do tomate grape cultivado em sistema hidropônico. O experimento foi conduzido no município de Parapuã-SP, em cultivo protegido, adotando o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos (0, 50, 100, 150 e 200 mg L⁻¹ de PBZ) e dez repetições. O regulador foi aplicado via pulverização foliar 30 dias após a emergência das mudas. Foram avaliadas as seguintes características: altura média das plantas aos 45 dias, massa média dos frutos, produtividade, desenvolvimento radicular e produção estimada por hectare. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados mostraram uma redução significativa na altura das plantas com o aumento da dose de PBZ, confirmando seu efeito inibidor do crescimento vegetativo. A dose de 50 mg L⁻¹ promoveu um aumento na massa média dos frutos e na produtividade, enquanto concentrações superiores reduziram esses parâmetros. O desenvolvimento radicular não apresentou diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos, embora tenha sido observado um pequeno incremento na dosagem de 50 mg L⁻¹. A análise da produtividade por hectare indicou um aumento de 28% no rendimento para a dose de 50 mg L⁻¹ em relação ao controle. Em contrapartida, doses mais altas resultaram em declínio na produtividade, evidenciando que concentrações excessivas de PBZ podem comprometer o desempenho da cultura. Conclui-se que o uso do paclobutrazol no tomate grape cultivado em sistema hidropônico pode ser uma estratégia eficiente para reduzir o desenvolvimento vegetativo e otimizar o manejo cultural. A dosagem de 50 mg L⁻¹ apresentou as melhores características agronômicas, proporcionando equilíbrio entre desenvolvimento vegetativo e reprodutivo.