FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DISPNEIA NA DOENÇA DE PARKINSON: UMA ANÁLISE TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-038Palavras-chave:
Doença de Parkinson, Fisioterapia, IdosoResumo
Objetivo: Avaliar a força muscular respiratória em pacientes com Doença de Parkinson (DP) e investigar a associação desses parâmetros com a intensidade da dispneia. Métodos: Estudo transversal realizado com 26 pacientes (12 mulheres e 14 homens) com DP, com idades entre 49 e 81 anos, participantes da Associação de Parkinson de Pernambuco. A amostra foi definida por conveniência. Os dados foram coletados por meio de questionários clínicos, avaliação da força muscular respiratória (PImáx e PEmáx) e aplicação da escala modificada de dispneia (mMRC). A força muscular respiratória foi medida utilizando um manovacuômetro. As análises estatísticas incluíram ANOVA one-way e teste t post-hoc LSD para comparações entre os grupos estratificados pela intensidade da dispneia. Resultados: A média de idade foi de 64,3 ± 7,5 anos. Os participantes foram divididos em três grupos de acordo com a respostas ao questionário com relação a intensidade da dispneia: dispneia somente ao exercício intenso (n=8), dispneia ao exercício moderado (n=9) e dispneia em atividades cotidianas (n=9). Observou-se uma diferença significativa entre os grupos em relação à idade e ao estágio da doença (p<0,05). A força muscular respiratória (PImáx) foi significativamente reduzida nos grupos com maior intensidade de dispneia. Conclusão: A intensidade da dispneia em pacientes com DP está associada à diminuição da força muscular inspiratória. Indivíduos com maior dispneia apresentam valores mais baixos de força inspiratória, o que pode impactar na sensação de dispneia em suas atividades diárias e qualidade de vida. Esses achados sugerem a necessidade de estratégias terapêuticas direcionadas à melhora da força muscular respiratória e à preservação da função pulmonar em pacientes com DP.