O USO DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA COMO METODOLOGIA DE ENSINO: FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO MIDIÁTICA

Autores

  • Mizant Couto de Andrade Santana Autor
  • Daniel Lima Fernandes Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n3-004

Palavras-chave:

Ensino de Geografia, Linguagem Cinematográfica, Educação Midiática

Resumo

O artigo apresenta uma análise descritiva do projeto de Geografia[1] do Programa de Residência Pedagógica (RP) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), que utilizou a linguagem cinematográfica como metodologia de ensino para romper com práticas tradicionais e promover uma Geografia mais dinâmica e significativa. O RP, financiado pela CAPES, visa aprimorar a formação de professores, proporcionando experiências práticas em sala de aula durante a graduação. O projeto foi desenvolvido em quatro escolas públicas de Santarém-PA, com a participação de 30 bolsistas/residentes, 6 preceptores e duas professoras orientadoras. As atividades incluíram planejamento, formação pedagógica, intervenção nas escolas-campo, produção de documentários e participação em eventos acadêmicos. A utilização da linguagem cinematográfica como metodologia de ensino foi fundamentada em autores como Pontuschka (2007), que destaca o potencial do cinema para motivar alunos e professores a aprofundarem o conhecimento geográfico, e Candau (2000), que defende a superação de práticas tradicionais de ensino. Ainda, Pires (2012) e Candau (2000), criticam as práticas descritivas e expositivas tradicionais, defendendo uma abordagem mais crítica e reflexiva, reforçando a necessidade de diversificar as metodologias de ensino, promovendo a autonomia e a capacidade crítica dos futuros docentes. A experiência prática em sala de aula e a produção de documentários contribuíram para a formação de professores mais autônomos e críticos, capazes de adaptar-se às diferentes demandas do cotidiano escolar. A era digital e a mídia-educação também foram temas centrais na análise. Buckingham (2007; 2015) discutiu o impacto das mídias digitais na vida das crianças e jovens, defendendo uma educação midiática que promova a reflexão crítica sobre os conteúdos e as formas de comunicação digital. Fantin (2011) abordou a mídia-educação como um campo interdisciplinar que integra a educação, a comunicação e as tecnologias digitais, promovendo a formação de sujeitos críticos e criativos. Gomes (2015) destacou os desafios da digitalização na educação, argumentando que a formação de professores deve priorizar a integração crítica das tecnologias digitais. Em síntese, o projeto de Geografia do RP da UFOPA demonstrou que a utilização da linguagem cinematográfica e das tecnologias digitais pode contribuir significativamente para a formação de professores e para a motivação dos alunos. A produção de documentários permitiu que os estudantes refletissem sobre sua realidade local, articulando os conceitos geográficos estudados em sala de aula com suas vivências cotidianas. O projeto mostrou-se uma experiência enriquecedora para todos os envolvidos, reforçando a necessidade de repensar as práticas tradicionais de ensino e propor metodologias inovadoras que promovam a construção de conhecimentos a partir da realidade dos alunos.

 

 

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Publicado

2025-03-03

Edição

Seção

Articles

Como Citar

SANTANA, Mizant Couto de Andrade; FERNANDES, Daniel Lima. O USO DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA COMO METODOLOGIA DE ENSINO: FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO MIDIÁTICA. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 3, p. 10196–10208, 2025. DOI: 10.56238/arev7n3-004. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/3630. Acesso em: 14 mar. 2025.