RESPOSTA AO ESTRESSE TÉRMICO E ETANÓLICO EM CEPAS INDUSTRIAIS DE SACCHAROMYCES CEREVISIAE: EFEITOS SOBRE O CRESCIMENTO CELULAR E A PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-222Palavras-chave:
Quantificação de Proteínas, Crescimento celular, Leveduras IndustriaisResumo
O sinergismo entre o estresse térmico e o etanol afeta diretamente a funcionalidade e a sobrevivência das leveduras em ambientes industriais, comprometendo sua fisiologia celular. Portanto, este estudo tem como objetivo comparar as proteínas associadas ao estresse térmico e etanólico, bem como investigar os impactos desses fatores no crescimento celular e na produção total de proteínas. As leveduras Fleischmann®, Santa Adélia e Pedra-2 foram cultivadas em meio YPD a 2%. A biomassa foi recuperada por centrifugação e inoculada em caldo de cana-de-açúcar a 22ºBrix, pH 5,0, e incubada a 30 e 40ºC, com concentrações de etanol variando de 0, 5, 12 e 16% (v.v-1). A lise ocorreu em Tris-HCl e esferas de vidro, e a quantificação da proteína total foi realizada pelo método de Bradford, seguida de leituras em espectrofotômetro a 595 nm. As proteínas de choque térmico (HSPs), especialmente HSP70 e HSP104, desempenham um papel crucial na proteção e manutenção celular em condições adversas. A linhagem Fleischmann® apresentou menor tolerância, com redução significativa no crescimento celular. Por outro lado, a linhagem Pedra-2 demonstrou maior robustez, destacando-se por sua maior produção de biomassa e tolerância ao estresse. A análise de componentes principais (PCA) confirmou a correlação entre a produção total de proteínas e a tolerância ao estresse, consolidando a linhagem Pedra-2 como a mais promissora para aplicações industriais. Este estudo fornece contribuições valiosas para a compreensão da interação de proteínas de choque térmico com fatores de estresse severos em leveduras industriais, com o objetivo de melhorar a eficiência e promover a sustentabilidade nos processos de fermentação.