“CAMINHANDO CONTRA O VENTO”: EXPERIÊNCIAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-108Palavras-chave:
Racismo, Universidades, Estudantes, Discriminação racialResumo
Objetivou-se avaliar as experiências de discriminação racial entre estudantes universitários, tendo como parâmetro as faixas etárias destes. Trata-se de estudo exploratório, descritivo e transversal, com amostra de 751 participantes. Os estudantes foram majoritariamente do sexo feminino, 52,5%; com idade média de 22,8 anos; sendo de raça predominantemente parda, com 58,5%; com a situação civil predominante de solteiros, com 88,7%; a renda familiar de um a dois salários, representando 36,9%. Os com faixa etária entre 18 e 19 anos foram os que mais aceitaram o tratamento injusto em relação à discriminação racial como algo que faz parte da vida (32,1%) e os integrantes da faixa etária entre 22 ou 23 anos foram os que mais tentaram fazer alguma coisa em relação a esse tratamento injusto (79,8%). Os na faixa etária de mais de 30 anos relataram que sofreram a experiência de discriminação por causa da raça, etnia ou cor (50%) e os que mais se preocuparam no último ano com as experiências de tratamento injusto por causa da raça ou cor de pele corresponderam a 66,7%, tendo como faixa etária que mais prestou queixa policial por causa da discriminação racial a de 18 ou 19 anos (2,4%). Desta maneira, a discriminação racial é um fenômeno que afeta os estudantes universitários, logo, precisa ser mais debatido.