DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE MATERNO-FETAL, RISCOS INTERGERACIONAIS E ABORDAGENS PREVENTIVAS

Autores

  • Igor Marcel Caffarena Jorge Autor
  • Nuhara Hamad Pereira Gomes Cavalcante Autor
  • Júlia Lodigiani Rodrigues Bragança Autor
  • Giovanna de Moura Frutuoso Autor
  • Karen Leticia Rocha Antonio Autor
  • Andreia Rocha Dias Autor
  • Maria Jaciane de Almeida Campelo Autor
  • Elijalma Augusto Beserra Autor
  • Larissa Zepka Baumgarten Rodrigues Autor
  • Marcelo Pereira de Magalhães Filho Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n1-221

Palavras-chave:

Diabetes Gestacional, Fatores de Risco, Controles de Risco, Saúde Pública

Resumo

O diabetes mellitus é uma condição de impacto global, responsável por milhões de mortes anuais e por afetar uma significativa parcela da população adulta mundial. Entre suas manifestações, o diabetes mellitus gestacional (DMG) se destaca como uma preocupação crescente na saúde pública devido à sua alta prevalência, complicações materno-fetais e potenciais riscos intergeracionais. Essa condição, caracterizada por hiperglicemia induzida pela resistência à insulina durante a gestação, apresenta variações globais na incidência, influenciada por fatores diagnósticos e características populacionais. Além de comprometer a saúde materno-fetal, o DMG está associado a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal, reforçando a necessidade de estratégias preventivas, como o rastreamento precoce e o estímulo a hábitos saudáveis durante o pré-natal. No contexto de desafios globais, como o aumento da obesidade e a busca pela redução da mortalidade materna e infantil, o DMG emerge como um problema prioritário. A detecção precoce e o manejo eficaz dessa condição são essenciais para mitigar suas complicações e promover melhores desfechos a curto e longo prazo para mães e filhos. Este estudo tem como finalidade analisar o diabetes mellitus gestacional, com ênfase em suas implicações para a saúde materno-fetal, os riscos intergeracionais e as abordagens preventivas. Trata-se de uma ampla revisão integrativa da literatura, realizada em 2024, com base em consultas às plataformas MEDLINE, PubMed e SciELO. Ademais, nas últimas duas décadas observou-se um aumento expressivo na incidência de DMG, impulsionado por fatores como envelhecimento materno, sedentarismo e obesidade. O DMG está associado a alterações metabólicas maternas, incluindo resistência à insulina, que, embora necessárias para suprir as demandas fetais, podem levar a complicações significativas. Cerca de 40% das mulheres com DMG desenvolvem diabetes tipo 2 em até 10 anos após o parto, especialmente as obesas. Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar de diabetes tipo 2, obesidade e estilo de vida sedentário. A coexistência de DMG e obesidade agrava riscos como pré-eclâmpsia, parto prematuro e complicações neonatais, além de repercussões na saúde mental, como depressão pós-parto. Por outro lado, intervenções preventivas, como controle de peso, dieta equilibrada e exercício físico, demonstraram reduzir a incidência de DMG e suas complicações. Do ponto de vista neonatal, filhos de mães com DMG apresentam maior risco de macrossomia, hipoglicemia e complicações metabólicas a longo prazo, como obesidade e diabetes na vida adulta. O DMG também está associado a alterações epigenéticas, reforçando o impacto do ambiente intrauterino na saúde futura. O diagnóstico precoce é essencial, com estratégias baseadas em exames glicêmicos e critérios internacionais, enquanto terapias farmacológicas, como a insulina e a metformina, desempenham papel fundamental no manejo. Além disso, tecnologias emergentes, como dispositivos de monitoramento contínuo e inteligência artificial, têm revolucionado o cuidado, promovendo maior eficácia e personalização. Por fim, destaca-se a importância de abordagens multidisciplinares no manejo do DMG, combinando intervenções clínicas, educação em saúde e políticas públicas para mitigar os impactos da condição e garantir melhores desfechos materno-fetais. Conclui-se que, o DMG tem impactos significativos na saúde materno-fetal e intergeracional, contribuindo para complicações na gestação e aumentando a predisposição a doenças crônicas nas mulheres afetadas e suas descendências. Fatores como macrossomia, hipoglicemia neonatal e distúrbios metabólicos destacam a necessidade de intervenções eficazes. Estratégias preventivas, como o rastreamento precoce, alimentação equilibrada, exercícios físicos e terapias farmacológicas, desempenham uma função importante na redução dos riscos associados ao DMG. A conscientização sobre cuidados pré-concepcionais e o manejo multidisciplinar são essenciais para melhorar a saúde materna e infantil, reduzir custos econômicos e mitigar a carga sobre os sistemas de saúde.

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Publicado

2025-01-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

JORGE, Igor Marcel Caffarena et al. DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE MATERNO-FETAL, RISCOS INTERGERACIONAIS E ABORDAGENS PREVENTIVAS. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 1, p. 3714–3732, 2025. DOI: 10.56238/arev7n1-221. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/3020. Acesso em: 5 dez. 2025.