SAÚDE AMBIENTAL, DETERMINANTES SOCIAIS E VIGILÂNCIA À EXPOSIÇÃO DE CONTAMINANTES QUÍMICOS NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-084Palavras-chave:
Saúde ambiental, Determinantes sociais, Contaminantes químicos, Vigilância em saúde, BrasilResumo
Este artigo apresenta uma revisão integrativa sobre saúde ambiental, determinantes sociais de saúde (DSS) e exposição a contaminantes químicos no Brasil. O estudo analisou 38 publicações, datadas entre 1970 e 2024, extraídas de bases como SciELO e Google Scholar, além de documentos institucionais, seguindo protocolos PRISMA e análise temática de conteúdo. O objetivo foi examinar o papel da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA), enquanto política pública, e do Programa Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (VIGIPEQ), na mitigação de riscos à saúde. Resultados apontam que comunidades urbanas industrializadas, áreas agrícolas e regiões de fundição e mineração, apresentam maior vulnerabilidade à exposição a contaminantes como mercúrio, chumbo, benzeno, agrotóxicos e amianto, sobretudo em grupos como crianças, mulheres, idosos e populações baixo status socioeconômico. Ferramentas como o SISSOLO e o SINAN auxiliam no monitoramento dessas áreas e populações, mas enfrentam limitações como a falta de integração, subnotificação de casos, ausência de georreferenciamento e disponibilização de dados com domínio público. As lacunas identificadas incluem barreiras para ações em territórios remotos, peculiaridades regionais e desigualdades sociais que intensificam os impactos e insuficiência de dados para análises robustas. Conclui-se que a integração entre DSS, monitoramento ambiental e políticas públicas intersetoriais é essencial para mitigar os riscos, promover equidade e garantir maior transparência e eficácia nas ações de vigilância em saúde ambienta.