EFEITOS DA QUEIMA DE BIOMASSA NAS TAXAS DE EMISSÃO DE ISOPRENO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-025Palavras-chave:
Química Atmosférica, Fogo, Emissões Biogênicas, PantanalResumo
Os compostos orgânicos voláteis biogênicos desempenham um papel fundamental nas funções ecológicas e influenciam a química atmosférica e o clima regional. Este estudo investigou como as condições ambientais específicas no Pantanal, como padrões hidrológicos sazonais e queimadas, influenciam as emissões de isopreno em comparação com a Amazônia. Campanhas realizadas em 2016 e 2017 durante a estação seca correlacionaram as emissões de isopreno com fatores meteorológicos, como temperatura e radiação solar, e avaliaram o impacto dos incêndios. Observou-se que em 2017, as emissões de isopreno no Pantanal foram menores do que em 2016, devido às temperaturas mais baixas, menor radiação solar e maior capacidade oxidativa da atmosfera causada pelas queimadas. Em contraste, na Amazônia, as emissões foram consistentemente maiores em 2016, refletindo condições ambientais favoráveis e maior densidade e diversidade de vegetação no bioma. Esses resultados confirmam que as emissões de isopreno no Pantanal são fortemente moduladas por suas condições ambientais específicas, destacando a influência dos incêndios na química atmosférica do isopreno. As conclusões destacam a necessidade de políticas que enfrentem a degradação ambiental e promovam a conservação dos ecossistemas do Pantanal, garantindo sua resiliência e a continuidade dos serviços ecossistêmicos essenciais, tanto para as comunidades locais quanto para a mitigação das mudanças climáticas globais.