REFORMA DO ENSINO MÉDIO DE 2017: AS CONTRADIÇÕES DO DISCURSO DE MODERNIDADE E SEUS IMPACTOS

Autores

  • Deane Honório Autor
  • Erivaldo da Silva Autor
  • Fernanda de Melo Autor
  • Iane de Oliveira Autor
  • Jacyelle Bento Autor
  • Lucas da Silva Autor
  • Vanessa de Jesus Autor
  • Whevenny de Souza Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev6n4-445

Palavras-chave:

Reforma do Ensino Médio, Análise do Discurso, Neoliberalismo, Modernidade, Classe Trabalhadora

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo desvelar o que está por trás do discurso de modernidade propalado com a nova reforma do Ensino Médio, por meio da lei de nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017, que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e, consequentemente, o currículo escolar. Diante disso, para entender os perigos trazidos pela nova lei, para a escolarização dos estudantes de nível médio, recorreu-se à análise do discurso francesa, filiada à Michel Pêcheux em que é possível considerar o discurso como práxis humana, pois este se constitui nas relações históricas e sociais, materializando-se na linguagem. Sendo assim, para compreender os seus sentidos, é necessário um processo de análise que considere as relações entre a língua, a história e a ideologia. Para alcançar esse intento será investigado as condições de produção do discurso que possibilitaram a constituição desse discurso, aqui considera-se a constituição do neoliberalismo como um fator importante para compreender esse processo. Para análise, o corpus de pesquisa foi constituído a partir de uma sequência discursiva do texto da lei que discorre sobre os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação do Ensino Médio para que ao final desta etapa os estudantes passem a demonstrar domínio dos preceitos tecnológicos e científicos que orientam a produção moderna. A partir desta análise foi possível compreender que outras reformas do Ensino Médio já foram realizadas, em contextos similares, sendo interessante notar que há um retorno a outros discursos. No entanto, vê-se agora um neoliberalismo mais profundo, neofacista e autoritário, que faz uso do termo “modernidade” para sucumbir cada dia mais ao direito à vida da classe trabalhadora. Por isso, os estudantes da última etapa da educação básica são direcionados para uma formação superficial que tem como “foco” uma falsa formação científica e tecnológica baseada na modernidade, para desqualificar os futuros trabalhadores e consolidar a ideologia do não emprego.

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Publicado

2024-12-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

HONÓRIO , Deane; DA SILVA, Erivaldo; DE MELO, Fernanda; DE OLIVEIRA, Iane; BENTO, Jacyelle; DA SILVA, Lucas; DE JESUS, Vanessa; DE SOUZA, Whevenny. REFORMA DO ENSINO MÉDIO DE 2017: AS CONTRADIÇÕES DO DISCURSO DE MODERNIDADE E SEUS IMPACTOS. ARACÊ , [S. l.], v. 6, n. 4, p. 18632–18651, 2024. DOI: 10.56238/arev6n4-445. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/2575. Acesso em: 5 dez. 2025.