A EDUCAÇÃO DO CAMPO NA AMAZÔNIA AMAZONENSE E A COMPREENSÃO DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-348Palavras-chave:
Educação do campo, Organizações sindicais, Trabalhadores e trabalhadoras rurais, AmazôniaResumo
O artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre educação do campo na Amazônia e destaca a compreensão de trabalhadores e trabalhadoras rurais de organizações sindicais com atuação nas cidades amazônicas, espaços das florestas e das comunidades ribeirinhas. Trata-se de um recorte da pesquisa de mestrado em educação. O objetivo é analisar a educação do campo, suas problemáticas, experiências e especificidades em municípios amazonenses na perspectiva da Federação dos Trabalhadores da Agricultura e dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. A metodologia da pesquisa abrangeu levantamento bibliográfico, documental e trabalho de campo. A educação do campo foi investigada com base nas experiências educacionais e socioculturais de homens e mulheres que vivenciam a realidade local, seus problemas e suas especificidades. A educação é problematizada a partir da realidade amazônica nos espaços do campo, das florestas e das águas. A pesquisa evidenciou que políticas públicas de educação do campo devem ser capazes de contemplar os saberes, as culturas e a educação dos povos amazônicos como forma de valorização da diversidade cultural e dos processos identitários. O estudo mostra o processo de compreensão das organizações sindicais e sua participação na construção de políticas públicas voltadas para a realidade local. Constatou-se que a ideia de campo na Amazônia amazonense se amplia na dinâmica das diversas formas de organização da vida amazônica, o que implica no reconhecimento dos diferentes sujeitos e na valorização de seus saberes e culturas. As políticas de educação do campo apresentam elementos e práticas significativas nesta direção.