MOBILIZAÇÃO SOCIAL DOS INDÍGENAS DE KA UBANOKO CONTRA A REALOCAÇÃO NOS ABRIGOS DA OPERAÇÃO ACOLHIDA, BOA VISTA – RORAIMA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-154Palavras-chave:
Indígenas Migrantes Venezolanos, Mobilização Social, Identidade ÉtnicaResumo
Em 2020, a Operação Acolhida implementou um Plano Emergencial para Ocupações Espontâneas em Boa Vista, Roraima, visando alocar pessoas migrantes em situação de vulnerabilidade em abrigos ou outras instalações. A última ocupação a ser despejada, Ka Ubanoko, era composta por indígenas venezuelanos dos povos Warao, E'ñepá, Kariña e Pemón, além de não indígenas de diversas regiões da Venezuela. O estudo abrange atividades de pesquisa e extensão desenvolvidas pela Universidade Federal de Roraima, entre setembro de 2019 e janeiro de 2021. O objetivo é analisar a mobilização social baseada na identidade coletiva indígena durante a desocupação de Ka Ubanoko pela Unidade de Força-Tarefa da Operação Acolhida. Utilizamos a proposta metodológica de Marisa Revilla Blanco para examinar a mobilização social fundamentada na constituição dessa identidade e os princípios da Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski para compreender a forma como reordenam sua identidade indígena e articulam ações de mobilização midiática para negociar soluções mais afins às suas formas de vida.