DISCURSOS SOBRE DESASTRES NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-145Palavras-chave:
Desastres, Secas, Chuvas, Agreste Pernambucano, Psicologia AmbientalResumo
A presente pesquisa teve como cenário o Agreste Meridional de Pernambuco, objetivou analisar os discursos de representantes de Organizações Governamentais e Não Governamentais no que se refere aos desastres, especificamente secas e chuvas extremas. Adotou uma abordagem qualitativa, realizando dezenove entrevistas semiestruturadas e uma oficina. Ambas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise do discurso orientada pela Psicologia Social Discursiva. Como resultados encontramos que tanto as secas quanto as chuvas intensas impactam negativamente na economia, trabalho, condições de vida e meio ambiente. Com exceção de uma organização, todas as estratégias apresentadas pelas(os) participantes para lidar com os desastres mencionados são de caráter emergencial. Nas ações realizadas não há participação popular e nem a presença de psicólogas(os), mesmo existindo estudos que indicam as repercussões negativas dos desastres para a saúde mental. Concluímos que apesar das secas e chuvas intensas se constituírem como fenômenos naturais, seus efeitos não podem ser naturalizados. É necessário o aperfeiçoamento das políticas públicas que visam a prevenção de desastres, com enfoque no envolvimento da população e também a inserção de profissões das ciências humanas e sociais, tais como a Psicologia.