A PISCICULTURA DO OESTE PARANAENSE E OS MERCADOS: UM OLHAR A PARTIR DAS REDES SOCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-123Palabras clave:
Aquicultura, Agricultura familiar, Coordenação econômica, MercadosResumen
A aquicultura brasileira é uma cadeia agropecuária emergente e que tem se destacado em várias regiões, com destaque para o estado do Paraná, que é o maior produtor de peixes do país. A piscicultura da região Oeste paranaense vem crescendo nas últimas décadas a taxas superiores a outras cadeias produtivas de proteína animal. Diante disso, coloca-se a problemática de refletir sobre como estes piscicultores, com foco na produção de tilápias, interagem com os mercados. Assim sendo, o estudo visou compreender a natureza da sociabilidade dos piscicultores do Oeste paranaense nas interações com os mercados. Em seu referencial teórico valoriza os aportes da Nova Sociologia Econômica (NSE) e da Teoria das Convenções (Francesa), com ênfase nos conceitos analíticos de redes sociais e da construção social dos mercados. Somam-se ao referencial teórico a abordagem sobre os tipos de mercados com os quais a agricultura familiar interage. A pesquisa caracteriza-se como descritiva, exploratória e tipológica, portanto, com ênfase qualitativa. Quatro redes de piscicultura foram caracterizadas na região Oeste paranaense, são elas: (1) rede piscicultura de proximidade; (2) rede piscicultura de gastronomia e lazer; (3) rede piscicultura de unidades de beneficiamento de pequeno e médio porte; (4) rede piscicultura de commodities. As quais coexistem e permitem identificar distintos padrões de comportamento econômico dos piscicultores nas interações com os mercados, resultantes de um processo histórico do Oeste que se inicia nos anos de 1980. A originalidade da pesquisa está na análise da piscicultura do Oeste paranaense a partir da noção de redes sociais desenvolvida pela Nova Sociologia Econômica.
