IDENTIDADE E CRISE IDENTIDADE EM “O HOMEM DO FURO NA MÃO”, DE IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-112Palavras-chave:
Identidade, Crise de identidade, Preconceito, AutonomiaResumo
Este artigo desenvolve a análise do conto “O homem do furo na mão” de Ignácio de Loyola Brandão, objetivando-se entender o papel que a sociedade tem como influência na construção de um ser humano autônomo, tendo como embasamento teórico Ramiro Giroldo (2012), trazendo algumas inquietações sobre o nosso cotidiano, e evidenciando as causas da vivência em uma sociedade completamente ditadora e exclusiva e sobre identidade com Carolina Laurenti e Mari Nilza Ferrari de Barros (2000), Carlos R. Brandão (1990), Ana M. B. Bock et al (2008), Olegária Matos (1999), Samuel Ponsoni e Karl Marx (1978) e outros. O método é descritivo, já que buscamos entender algumas questões presentes na nossa sociedade como preconceito, busca pela identidade, exclusão e assuntos afins. O conto mostra a vida de um homem completamente preso ao trabalho e a um casamento completamente de aparências vivendo assim numa vida monótona. A exclusão do meio no qual está inserido gera algumas complicações da sua vivência em sociedade. Quando o personagem passa por uma crise de identidade, pois se reconhece com o furo mesmo diante de toda a repressão evidenciamos uma busca pelo eu que até então era desconhecido para ele, tendo como relava então uma aceitação da autenticidade e sua própria singularidade, contrastando com a necessidade de conformar com as normas estabelecidas pelo meio em que estava inserido. Diante do exposto, o furo na mão torna-se um símbolo de busca pela identidade, de resistência as imposições sociais, alimentando também o desejo de quebrar as amarras da alienação cotidiana.