POR UMA TEORIA CRÍTICA FRENTE AO ANTI-INTELECTUALISMO: EDUCAÇÃO E CONHECIMENTO PARA A FORMAÇÃO HUMANA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-090Palavras-chave:
Conhecimento Científico, Formação Humana, Anti-intelectualismo, Teoria CríticaResumo
Este artigo tem como objetivo problematizar as formas de apreender a realidade na contemporaneidade e debater elementos fundantes para um método crítico de produção de conhecimento e educação que não propicie o ocultamento das mediações que determinam um acontecimento e se exerça na práxis entre teoria e realidade. Diante da era da informação efêmera e superficial, marcada pela apreensão imediata e aparente da realidade e pela necessidade de fornecer respostas urgentes às contradições da sociedade, percebe-se, frequentemente, a prevalência de abordagens teóricas que buscam no âmbito subjetivo do sujeito e da cultura, a resolução dos problemas reais. Esse movimento tende a desconsiderar as estruturas da sociedade capitalista, contribuindo, assim, para a perpetuação da ordem vigente e favorecendo um modus operandi que opera como um mito, ou seja, sem ser questionado. Além disso, observa-se a presença de fetichismos intelectuais que abandonam referenciais teóricos críticos e reflexivos, justificados por uma concepção equivocada de atualidade. Essa visão equipara novidade a efetividade no conhecimento, vinculando a relevância de uma obra ou autor ao momento histórico de sua produção, o que elimina a valorização das contribuições que desvendam e aprofundam questões e determinações da sociedade atual. Outra vertente do empobrecimento do saber sobre o mundo encontra expressão na pós-verdade e nas fake News, que configuram uma forma explícita de pseudoformação. É nessa esteira que este artigo debate os elementos essenciais para a produção de um conhecimento articulado à formação humana em tempos de anti-intelectualismo, sob a perspectiva da Teoria Crítica da Sociedade, com base nas contribuições de Theodor Adorno e Max Horkheimer.