“E A ESPÉCIE HUMANA?” TRAJETÓRIAS DE RESISTÊNCIA NA RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ NO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-021Palavras-chave:
Extrativismo, Gênero, Resistência, DesenvolvimentoResumo
As trajetórias de resistência na Resex Mãe Grande no município de Curuçá centralizam-se em discursos conflitantes de 3 interlocutores diferentes. Este artigo é fruto de um conjunto de pesquisas etnográficas realizadas no segundo semestre do ano passado, e teve como objetivo principal investigar o projeto “mães do mangue”, foram entrevistados duas mulheres marisqueiras e um pescador no município de Curuçá. Parte do título deste trabalho explicita uma inquietação dos usuários das Resexs “e a espécie humana? ”, essa fala foi de uma das entrevistadas da pesquisa que relatou que a entrada e saída de agências de fomento e universidades direcionam-se a pesquisas biológicas e com foco na biodiversidade marinha dos mangues. Contudo, nenhuma atenção é dada aos moradores e extrativistas que sobrevivem dos recursos naturais desses territórios. Como lente teórica utilizou-se o conceito de (re)patriarcalização do território desenvolvido por autoras equatorianas. A definição traduz as modalidades de violência entrelaçadas que se relacionam com a expansão do capital em áreas sócio ambientais protegidas pelo Estado.