NOTIFICAÇÕES DE CASOS DE SÍFILIS E SEUS IMPACTOS NOS SISTEMAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E CONTROLE DA DOENÇA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que representa um problema significativo de saúde pública em nível global. A falha na detecção precoce e no tratamento adequado da sífilis pode levar a sérias complicações, incluindo morte fetal e neonatal, bem como a disseminação contínua da infecção na população geral. Objetivo: Investigar os fundamentos da imprecisão das notificações dos casos de sífilis nos sistemas de vigilância epidemiológica e suas consequências para o controle e prevenção da doença no Brasil. Metodologia:  Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura, acerca das possíveis lacunas nas notificações de casos de sífilis e seus impactos nos sistemas de vigilância epidemiológica e controle da doenças no Brasil. Resultados e Discussão: A partir dos descritores selecionados para o desenvolvimento da presente pesquisa, houve como resultado 26 artigos selecionados, onde 16 foram incluídos na pesquisa. A notificação compulsória da sífilis no Brasil é um processo obrigatório, estabelecido pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de rastrear e controlar a infecção. A notificação de casos de sífilis no Brasil é realizada por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e é crucial para o controle da sífilis. A crescente complexidade no preenchimento das fichas de notificação e a dificuldade de acesso a informações essenciais contribuem para registros incompletos, aumentando a subnotificação de casos de sífilis congênita. Isso agrava a situação, já que dados precisos são fundamentais para a formulação de políticas de saúde eficientes. A baixa capacitação dos profissionais responsáveis pelas notificações é um ponto crucial, pois afeta negativamente o cenário da doença. Considerações finais: Este estudo evidencia a necessidade de aprimorar a notificação e o tratamento da sífilis no Brasil, especialmente para prevenir a sífilis congênita. Apesar dos avanços, lacunas na capacitação e nos registros comprometem a vigilância epidemiológica. Investimentos em treinamento e testes rápidos, junto a campanhas de conscientização, são essenciais para melhorar a resposta e reduzir complicações.