“EU FIZ A VOLTA DA TIETA”: UM CARTOGRAFAR DE DESEJOS E AFETOS DE UMA MULHER TRANS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-284Palavras-chave:
Mulheres Trans, Cartografia, Políticas Públicas, UniversidadeResumo
Este artigo é um recorte de minha pesquisa de doutoramento. Aqui busquei pensar a partir da fala de uma mulher trans, Maria Eduarda, os processos de subjetivação que essa enfrenta até sua cirurgia de redesignação sexual e sua volta à cidade natal. Esta narra-me, em uma entrevista de pouco mais de uma hora de duração, seus problemas com o nome social na Universidade em que estudava, bem como o que ela chamou de dificuldades psicológicas, que aqui problematizo a partir de teóricas e teóricos da teoria transfeminista, cuir e decoloniais. O chegar até a Universidade vem acompanhado da criação de uma série de políticas de estado e governo que possibilitou novas rotas que poderiam ser percorridas por outros segmentos da sociedade, como as mulheres trans. Portanto, aqui narro esses micro cortes na ordem dura e outras possiblidades de subjetivação inventadas por esses sujeitos.