MONITORAMENTO DA GLICEMIA INTERSTICIAL NO PÓS-OPERATÓRIO DA ENTEROTOMIA EM EQUINOS COM SÍNDROME DO ABDÔMEN AGUDO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-193Palavras-chave:
Glicemia Intersticial, Hiperglicemia, Equinos, Síndrome do Abdômen AgudoResumo
O estudo avaliou o monitoramento contínuo da glicemia em equinos submetidos à enterotomia no pós- operatório da síndrome do abdômen agudo, utilizando o sensor FreeStyle Libre. Foram analisados dois animais da raça Quarto de Milha: um adulto e um potro. Durante o período de observação, o equino adulto apresentou hiperglicemia, enquanto o potro teve hipoglicemia persistente. A hiperglicemia no adulto foi relacionada à gravidade do quadro clínico, conforme descrito na literatura, associando-se a complicações como sepse e endotoxemia. Já a hipoglicemia no potro refletiu desregulação energética, comumente observada em potros gravemente doentes. O monitoramento contínuo da glicose demonstrou-se uma ferramenta eficaz para detectar essas variações metabólicas, fornecendo informações em tempo real que permitiram ajustes precisos no tratamento, além de reduzir o desconforto causado por coletas frequentes de sangue. O intervalo de referência para glicemia em equinos varia entre 83 e 114 mg/dL, e tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia fora desse intervalo foram identificadas durante o monitoramento, comprovando a relevância da tecnologia no acompanhamento clínico. Esses dados corroboram outros estudos que associam desequilíbrios glicêmicos à gravidade de doenças críticas em equinos, especialmente em situações pós-operatórias. Assim, o uso contínuo de monitoramento glicêmico não apenas facilita a gestão do tratamento, mas também melhora a sobrevida em equinos gravemente enfermos.