HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO NOS GRUPOS ESCOLARES BOM JESUS E CLARIMUNDO CARNEIRO: ENTRE LEGISLAÇÕES E PRÁTICAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-162Palavras-chave:
Avaliação, Grupos Escolares, Alfabetização, História, PráticasResumo
O artigo se propõe a analisar as práticas avaliativas de alfabetização na primeira série primária dos Grupos Escolares Bom Jesus e Clarimundo Carneiro, em Uberlândia/MG, no período de 1955 a 1974. A avaliação da aprendizagem na modernidade, conforme Luckesi (2011), é uma prática recente e distinta do exame escolar, que historicamente remonta aos séculos XVI e XVII. Ao longo do texto, são discutidos diferentes conceitos de avaliação, como a visão positivista que foca em classificação, contrastando com a dialética que valoriza o aprendizado como um processo inclusivo. O artigo revisita legislações educacionais de Minas Gerais e do Brasil que influenciaram as práticas avaliativas, começando com o Decreto-Lei n. 8.529/1946, que estabeleceu diretrizes para o ensino primário, e passando pela Lei 4024/1961, que definiu diretrizes e bases da educação. O estudo aponta que as avaliações eram realizadas principalmente por meio de provas mensais e finais, refletindo uma abordagem tradicional de ensino. As práticas avaliativas nos dois grupos escolares revelam algumas similaridades e diferenças. No Grupo Escolar Clarimundo Carneiro, as avaliações eram feitas tanto por meio de provas elaboradas pelas alfabetizadoras quanto por testes externos da Secretaria de Educação, além de um exame de leitura realizado pela diretora. Já no Grupo Escolar Bom Jesus, a diretora e a vice-diretora eram responsáveis por avaliações que incluíam ditados, leitura e resolução de problemas, refletindo um trabalho colaborativo entre as alfabetizadoras e as gestoras escolares.