SAÚDE NO AMBIENTE DE TRABALHO: POSTURA, ERGONOMIA E DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-060Palavras-chave:
Saúde Ocupacional, Ergonomia, Educação em Saúde, Trabalho DecenteResumo
Objetivo: O estudo almejou mapear o perfil epidemiológico de distúrbios osteomusculares crônicos e os riscos ergonômicos de postura corporal no ambiente de escritório. Métodos: Os dados foram coletados por meio de um formulário eletrônico composto por questões sociodemográficas e por versões adaptadas dos questionários Nórdico de Sintomas Osteomusculares e Rapid Office Strain Assessment. Resultados: A idade média dos 73 participantes do projeto de extensão foi de 25.3 anos e a maioria com escolaridade em nível superior. Destes, 86.3% sentiam dor, dormência ou formigamento nos últimos 12 meses e destes, 90.5% tinham mais de uma parte do corpo afetada pelos sintomas. Das treze posturas corporais avaliadas (sentar, encostar, posição dos joelhos, pés, cotovelos, antebraços e cabeça), todas foram identificadas como ergonomicamente inadequadas, principalmente as relativas à cadeira utilizada. Conclusão: Há evidente necessidade de ações imediatas de cuidados em saúde para essa população, visto que os ambientes de escritório não estavam adequados ergonomicamente e que os atuantes já se encontravam adoecidos. Ações de intervenção ergonômica e educação em saúde são fundamentais para orientar os riscos deste ambiente e propor alterações comportamentais para redução/prevenção dos distúrbios osteomusculares. Uma limitação do estudo pode ser que a amostra tenha sido afetada pelo efeito do trabalhador sadio, isto é, tiveram interesse em participar do projeto aqueles que já estavam afetados por distúrbios osteomusculares crônicos.