RESISTÊNCIA INSULÍNICA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE OS MECANISMOS E IMPACTOS CLÍNICOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-287Palavras-chave:
Resistência à Insulina, Doenças Cardiovasculares, Disfunção Endotelial, Hiperinsulinemia, InsulinaResumo
A resistência insulínica (RI) constitui um distúrbio metabólico central na fisiopatologia do diabetes mellitus tipo 2 e tem sido reconhecida como fator de risco independente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Considerando a elevada prevalência da RI na população adulta e sua associação com aumento da morbimortalidade cardiovascular, torna-se fundamental compreender os mecanismos que sustentam essa relação. Objetiva-se analisar, de forma integrativa, as evidências científicas acerca dos mecanismos fisiopatológicos e dos impactos clínicos da resistência insulínica sobre o sistema cardiovascular. Para tanto, procedeu-se a uma revisão narrativa da literatura, com busca nas bases PubMed, SciELO e Periódicos CAPES, utilizando descritores controlados nos idiomas português e inglês, abrangendo publicações entre 2016 e 2024. Os estudos analisados demonstram que a RI compromete a sinalização da insulina, especialmente a via PI3K/Akt, reduzindo a biodisponibilidade de óxido nítrico e favorecendo inflamação, disfunção endotelial e remodelamento vascular. Observa-se, ainda, associação consistente entre hiperinsulinemia e maior incidência de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Conclui-se que a resistência insulínica representa um elo fisiopatológico relevante entre distúrbios metabólicos e DCV, reforçando a importância de estratégias preventivas e terapêuticas voltadas à melhora da sensibilidade à insulina.
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