ABORDAGEM CIRÚRGICA DE LESÕES MALIGNAS DE PELE: RELATO DE CASO COM A TÉCNICA DE FIGUEIREDO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-185Palavras-chave:
Neoplasias Cutâneas, Técnicas de Fechamento de Ferimentos, Oncologia CirúrgicaResumo
Introdução: O carcinoma espinocelular (CEC) é uma neoplasia cutânea de comportamento agressivo, com potencial de invasão local e risco de metástase, particularmente em áreas cronicamente expostas à radiação ultravioleta. A ressecção cirúrgica com margens livres é o tratamento padrão, mas o fechamento da ferida pode ser um desafio em regiões de importância funcional e estética, especialmente em pacientes com comorbidades que comprometem a cicatrização ou em caso de feridas amplas. A Técnica de Figueiredo, ao redistribuir a tensão e alinhar precisamente os bordos, favorece a cicatrização, reduz complicações e otimiza resultados estéticos e funcionais. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente idosa e diabética com carcinoma espinocelular avançado e de grandes dimensões em antebraço, descrevendo a abordagem cirúrgica e a aplicação da Técnica de Figueiredo, enfatizando desafios e resultados. Método: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo, na modalidade relato de caso, baseado na análise de prontuário de paciente em acompanhamento no Ambulatório de Cirurgia Oncológica de um hospital-escola filantrópico no Espírito Santo. Foram coletadas informações sobre dados clínicos, características da lesão, técnica operatória, tempo de cicatrização, complicações e desfechos. A descrição cirúrgica foi fundamentada em registros médicos e literatura sobre a Técnica de Figueiredo. Relato de Caso: A excisão ampla com margens livres é o padrão-ouro para lesões malignas. Em pacientes com comorbidades, a cicatrização é mais complexa. A Técnica de Figueiredo reduz tensão, melhora resultados estéticos e minimiza complicações, mostrando-se eficaz em áreas expostas. Nesta paciente, a escolha da técnica favoreceu uma boa evolução, sem infecção ou deiscência, evidenciando segurança e efetividade. Ademais, seu uso em indivíduos diabéticos facilita o controle das possíveis alterações microvasculares, reduzindo riscos de necrose e promovendo reparação celular adequada em médio prazo. Conclusão: A Técnica de Figueiredo demonstrou eficácia no fechamento de feridas oncológicas de grandes dimensões, sobretudo em pacientes com comorbidades. No caso relatado, proporcionou cicatrização adequada e ausência de complicações, reforçando suas vantagens funcionais e estéticas. Na prática, reforça a importância de um acompanhamento especializado e contínuo.
Downloads
Referências
BRASIL. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de pele: prevenção, diagnóstico e tratamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br. Acesso em: 14 mar. 2025.
COSTA, A. P.; ALMEIDA, R. T. Tratamento cirúrgico do câncer de pele: princípios e técnicas. Revista Brasileira de Cirurgia Dermatológica, v. 14, n. 2, p. 45-52, 2021.
FIGUEIREDO, M. L. Técnicas avançadas no fechamento de feridas cirúrgicas. São Paulo: Editora Médica, 2018.
MARTINS, J. C.; FERREIRA, P. R.; SOUZA, L. A. Desafios no fechamento de feridas em cirurgia dermatológica. Jornal Brasileiro de Dermatologia, v. 55, n. 3, p. 125-138, 2020.
OLIVEIRA, D. F.; LIMA, M. S.; CARVALHO, T. A. Melanoma cutâneo: epidemiologia e manejo clínico. Revista Brasileira de Oncologia, v. 22, n. 4, p. 215-228, 2019.
SILVA, H. T.; MENEZES, V. P. Carcinoma espinocelular: aspectos clínicos e terapêuticos. Revista de Cirurgia Oncológica, v. 10, n. 1, p. 87-95, 2020.
SOUZA, R. A.; PEREIRA, M. N.; CASTRO, B. L. Epidemiologia do câncer de pele no Brasil. Arquivos de Dermatologia Clínica, v. 18, n. 2, p. 55-68, 2021.