A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL NO PERÍODO PÓS-PANDEMIA – UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-064Palavras-chave:
Sífilis, Congênito, Gestantes, Transmissão Vertical, Pré-natal, Tratamento, Atenção Primária, PrevençãoResumo
A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica crônica cujos agentes etiológicos são bactérias espiroquetas da espécie Treponema pallidum e se configura como um importante problema de saúde pública em muitos países de alta a pequena renda. As taxas de sífilis continuam a aumentar e há uma necessidade urgente de que prestadores de serviços médicos de diversas origens reconheçam a importância e impacto dessa doença. Nas últimas décadas, entretanto, houve um aumento drástico nos casos de sífilis, despertando o interesse científico a esse respeito, e a sua transmissão ocorre por contado sexual, sendo a via predominante, e por transmissão congênita e, raramente, pode ocorrer por transfusão sanguínea ou acidente ocupacional, sendo a transmissão vertical altamente crescente na atualidade e perfeitamente evitável por meio da identificação pré-natal da infecção e do tratamento com penicilina durante a gestação durante o acompanhamento na atenção primária. Falhas no acompanhamento do pré-natal, têm como resultado o aumento dos casos da Sífilis Congênita nos últimos anos, trazendo como consequência aborto e as manifestações clínicas para o recém-nascido, sejam elas precoces ou tardias, e a falta de adesão ao seguimento desse recém-nato na atenção básica. Diante do exposto, fica evidente que a identificação de falhas e inconsistência na assistência pré-natal como número baixa adesão ao pré-natal, má condução dessas consultas, profissionais desqualificados para realização dessas consultas, tratamento inadequado dessas gestantes durante o pré-natal e um pobre sistema de educação e promoção de saúde são fatores cruciais para a redução de casos de sífilis congênita no Brasil e no mundo.
Downloads
Referências
AGÊNCIA FIOCRUZ DE NOTÍCIAS. FIOCRUZ. Sífilis e resistência a antibióticos entre jovens. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/fiocruz-no-ar-aborda-sifilis-e-resistencia-antibioticos-entre-jovens.
ARAÚJO, K. L. et al. Assistência pré-natal e a persistência da sífilis congênita em regiões vulneráveis do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 44, n. 6, p. 470–478, 2022.
BAKER, B.J. et al. Advancing the understanding of treponemal disease in the past and present. American Journal of Physical Anthropology, 171 Suppl 70, 5–41. 2020.
BEALE, M.A. et al. Global phylogeny of Treponema pallidum lineages reveals recent expansion and spread of contemporary syphilis. Nature microbiology, 6(12), 1549–1560. 2021.
SCHAUDINN, F. HOFFMANN, P.E. Vorläufiger Bericht über das Vorkommen von Spirochaeten in Syphilitischen Krankheitsprozessen und bei Framboesie. Arbeiten aus dem Kaiserlichen Gesundheitsamte, Berlim, v. 22, n. 2, p. 527-534, 1905.
FORRESTEL, A.K. KOVARIK, C.L. & KATZ, K.A. Sexually acquired syphilis: Historical aspects, microbiology, epidemiology, and clinical manifestations. Journal of the American Academy of Dermatology, 82(1), 1–14. 2020.
GASPAR P.C, et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: testes diagnósticos para sífilis. Epidemiol. Serv. Saúde. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/TfDK54RTKgfnqvB7TDFkjSD/?lang=pt.
GHANEM, K.G. RAM, S. & RICE, P.A. The Modern Epidemic of Syphilis. The New England journal of medicine, 382(9), 845–854. 2020.
GILMOUR, L.S. & WALLS, T. Congenital Syphilis: a Review of Global Epidemiology. Clinical microbiology reviews, 36(2), e0012622. 2023.
LOPES M.D.S. et al. Resistência do treponema pallidum frente ao tratamento convencional da sífilis. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem. 24, 1. 2024.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – SUS. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2025. Disponível em: file:///Users/andreferreira/Downloads/Boletim%20-%20S%C3%ADfilis%20-%202025.pdf.
MORAIS, C.M., TEIXEIRA, I.V., SADOK S. et al. Trigrama da sífilis: uma visualização de domínio específico para combater a epidemia de sífilis e melhorar a qualidade da saúde materno-infantil no Brasil. BMC Gravidez Part, o22, 379. 2022.
Organização Mundial da Saúde. Orientações globais sobre critérios e processos para validação: eliminação da transmissão vertical do HIV, da sífilis e do vírus da hepatite B. OMS, Genebra, Suíça. 2021.
ORTIZ, L. PADILHA, E. Impacto da pandemia do covid-19 na incidência de sífilis gestacional no Sul do Brasil entre os anos de 2018 a 2021. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. 7, 10, 507-522. 2025.
PEREIRA A.L. et al. Impacto do grau de escolaridade e idade no diagnóstico tardio de sífilis em gestantes. FEMINA. 48(9):563-7. 2020.
SANTOS, F.M.S. SANTOS, N.A. Perfil epidemiológico de sífilis congênita no Nordeste do Brasil entre 2018 e 2022. Research, Society and Development, v. 13, n. 9, e7613946727, 2024
SATYAPUTRA, F. HENDRY, S. et al. The Laboratory Diagnosis of Syphilis. Journal of clinical microbiology, 59(10), e0010021. 2021.
SILVA M.M. et al. Análise dos fatores associados à incidência e prevenção da sífilis gestacional no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(11), e18057. 2024.
SOARES, M.A.S.S. AQUINO, R. Associação entre as taxas de incidência de sífilis gestacional e sífilis congênita e a cobertura de pré-natal no Estado da Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública. 37(7): e00209520. 2021.
Ramos, A.M. et al. Perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(1), e9541-e9541. 2022.
TRIVEDI, S., TAYLOR, M., KAMB, M. L., & CHOU, D. Evaluating coverage of maternal syphilis screening and treatment within antenatal care to guide service improvements for prevention of congenital syphilis in Countdown 2030 Countries. Journal of global health, 10(1), 010504. 2020.