ELABORAÇÃO DE INDICADORES PARA AVALIAR O POTENCIAL DE RESILIÊNCIA DAS ORGANIZAÇÕES DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: UMA ABORDAGEM À LUZ DA ENGENHARIA DE RESILIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n2-142Palabras clave:
Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis, Indicadores de Resiliência, Método DelphiResumen
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aprovada por meio da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 firmou a Coleta Seletiva (CS) como instrumento, sendo operacionalizado por meio das organizações (cooperativas/associações) de catadores de materiais recicláveis. Nesse sentido, as cooperativas integram a cadeia da reciclagem, subsidiando diversas cadeias produtivas. Essas organizações representam um sistema complexo e dinâmico, onde ocorrem inúmeras interações entre seus elementos, podendo apresentar instabilidades e ocorrência de eventos indesejados cuja resiliência pode ser afetada. A capacidade de suportar as diferentes pressões e ameaças deve ser desenvolvida a fim de manter a operacionalidade do sistema sob adversidades. Antecipar-se, no sentido de amenizar ou eliminar o risco/perigo traz um desempenho mais resiliente. Indicadores que avaliem o potencial de resiliência pode ser uma ferramenta estratégica para melhoria da resiliência. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver indicadores para avaliar o potencial de resiliência das organizações de catadores de materiais recicláveis. Para tanto, utilizou-se como abordagem principal a técnica Delphi (associada aos conceitos advindos da engenharia de resiliência estabelecidos por Hollnagel (2012). Foram sugeridos preliminarmente 33 indicadores, que após duas rodadas e devidas alterações conforme método, foram considerados relevantes e obteve-se consenso para um total de 21 indicadores, que contemplam as dimensões do trabalho, do ambiente do processo. Esses indicadores foram associados às seguintes habilidades: responder, monitorar, aprender e antecipar, sendo atribuída a escala Likert para gradação dos indicadores, constituindo a Grade de Análise de Resiliência – RAG.