INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL EM DIÁLOGO COM A TEORIA DA ATIVIDADE: RELATOS DE EXPERIÊNCIA EM UMA ORGANIZAÇÃO PRIVADA DE BELO HORIZONTE – MG
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-270Palavras-chave:
Intervenção psicossocial, Teoria da Atividade, Relações de trabalho, Sujeito socialResumo
Muitos impasses, contradições e desafios têm emergido nas práticas profissionais voltadas aos sujeitos sociais nos espaços organizacionais. Portanto, as práticas de pesquisa e intervenção para o desenvolvimento humano dependem da reflexão crítica e da formulação de estratégias que possibilitem aos indivíduos gerarem suas próprias interpretações positivas e significativas sobre suas atividades, fomentando a satisfação, a motivação e a autorrealização no trabalho. Isso, por sua vez, garante o alcance dos objetivos estratégicos da organização sem negligenciar a dimensão subjetiva do trabalhador. O objetivo deste estudo, portanto, é apresentar uma reflexão sobre a aplicação da intervenção psicossocial em diálogo com a Teoria da Atividade como abordagem clínica das relações de trabalho nas organizações. O objetivo é desvendar contradições fundamentais na forma como o trabalho humano se organiza e possibilitar aos sujeitos sociais a emancipação e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida no trabalho. A partir de experiências em uma empresa privada de Belo Horizonte, MG, o estudo visa sustentar a argumentação de que as atividades nas organizações se desenvolvem em uma complexa teia de elementos historicamente imbricados que controlam e articulam discursos, racionalidades e subjetividades. Esses elementos interferem tanto na qualidade do trabalho quanto na vida dos trabalhadores, muitas vezes contradizendo e desafiando as narrativas promovidas pelas ações de desenvolvimento. O estudo parte do pressuposto de que estratégias pautadas pela intervenção psicossocial e pela perspectiva histórico-cultural que sustenta a Teoria da Atividade podem contribuir para a formação de uma consciência crítica sobre o trabalho, (re)orientando os sujeitos sociais para a emancipação e o empoderamento nas relações socioorganizacionais.