ANÁLISE TERAPÊUTICA DO USO DA PSILOCIBINA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO RESISTENTE: UMA REVISÃO DE ENSAIOS CLÍNICOS RECENTES
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-309Palavras-chave:
Psilocibina, Depressão resistente ao tratamento, Psicodélicos, Terapia assistida por substâncias, Saúde mentalResumo
A depressão resistente ao tratamento (DRT) representa um dos maiores desafios clínicos na psiquiatria contemporânea, afetando significativamente a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes. Diante da limitação das terapias convencionais, a psilocibina, substância psicodélica derivada de fungos do gênero Psilocybe, tem ganhado destaque como uma alternativa terapêutica promissora. Este estudo teve como objetivo analisar a eficácia, segurança e aplicabilidade clínica da psilocibina no tratamento da DRT, por meio de uma revisão narrativa da literatura científica publicada entre 2015 e 2024. Foram consultadas as bases PubMed, Scopus, Web of Science, Embase, Cochrane Library e Google Scholar, resultando na seleção de sete estudos clínicos e revisões sistemáticas. As evidências apontam que, quando administrada em ambiente controlado e com suporte psicoterapêutico, a psilocibina promove respostas antidepressivas rápidas, com baixa incidência de efeitos adversos graves e impacto positivo sustentado. Estudos de neuroimagem também indicam a modulação de circuitos cerebrais associados à regulação emocional, reforçando sua ação psicoplastogênica. Conclui-se que a psilocibina é uma estratégia terapêutica inovadora, segura e eficaz, especialmente para casos refratários, embora sejam necessários ensaios clínicos mais amplos e padronizados para sua validação definitiva.