PARA ALÉM DO PENSAMENTO COLONIZADO: O PAPEL DA EXTENSÃO CRÍTICA NA CONSTRUÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE UNIVERSIDADE TRANSMODERNA NA FRONTEIRA SUL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-399Palabras clave:
Universidade popular, Educação decolonial, Ciência e diálogo de saberesResumen
O presente artigo analisa a contribuição da prática extensionista denominada de extensão crítica ao processo de descolonização e promoção do projeto de academia transmoderna brasileira. A extensão crítica é um referencial teórico-metodológico desenvolvido na América Latina a partir do diálogo efetivo de professores/as, universidades, movimentos e sujeitos sociais baseado na perspectiva freiriana. A discussão problematiza a experiência do desenvolvimento do programa de extensão Fronteira em Movimento, o qual fez parte da estratégia institucional da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) para superar os limites da universidade ocidentalizada/colonizada. A UFFS é uma instituição que foi criada em 2009, sendo fruto da luta, em especial, de movimentos sociais do campo, que demandaram uma instituição capaz de atender as demandas de geração de conhecimento conectado aos desafios socioeconômicos e culturais presentes no seu território de abrangência, como, por exemplo, o fortalecimento da agricultura agroecológica. A extensão é uma dimensão essencial para a efetivação desse propósito, uma vez que tem o papel estratégico de equalizar a interação da universidade com os setores subalternizados pelo capitalismo global na Fronteira Sul, efetivando a indissociabilidade com a pesquisa e o ensino.
