VIVÊNCIAS E SENTIMENTOS DE PESSOAS COM LESÕES EM MEMBROS INFERIORES: UMA ABORDAGEM QUALITATIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-362Palabras clave:
Diabetes Mellitus, Lesões do Sistema Vascular, Qualidade de Vida, Úlcera, EstomaterapiaResumen
Objetivo: Compreender as vivências e sentimentos de indivíduos que sofrem de lesões nos membros inferiores. Métodos: Estudo qualitativo, com 16 pacientes adultos em acompanhamento pelo Núcleo de Assistência e Ensino de Enfermagem (NAEENF) do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, os quais foram entrevistados por meio de um roteiro semiestruturado, entre os meses de junho e julho, após aprovação do Comitê de Ética, sob parecer nº 6.881.972. Os critérios de inclusão foram pacientes diagnosticados com doenças crônicas não transmissíveis, que apresentam lesões nos membros inferiores. Os dados coletados foram analisados utilizando uma abordagem temática do discurso do sujeito coletivo e isso envolveu a identificação de ideias centrais nos relatos dos participantes. Todas as etapas da pesquisa foram conduzidas de acordo com os princípios éticos. Resultados e discussão: Dos 16 participantes, 13 eram homens, com média de 66 anos. A maioria se autodeclarou branca (n=13) e o estado civil predominante foi casado (n=8). Quanto à escolaridade, a maioria tinha ensino fundamental incompleto (n=13). Sete moravam sozinhos, e os demais com filhos e/ou parceiros. Clinicamente, 13 tinham diabetes, 12 hipertensão, 6 doenças arteriais obstrutivas crônicas, 2 doenças venosas e 4 hipercolesterolemias. Os medicamentos mais usados foram losartana (n=10) e metformina (n=9). As entrevistas foram analisadas com base em quatro ideias centrais: 1) sentimentos de preocupação e frustração; 2) dificuldade em manter a independência; 3) relação familiar e suporte emocional; e 4) gratidão e resiliência. Sentimentos positivos como resiliência, confiança e esperança, e negativos como preocupação, frustração e solidão, foram identificados como as principais emoções associadas às lesões e seu impacto na vida. Conclusão: A predominância de homens idosos, com baixa escolaridade e múltiplas comorbidades, como diabetes e hipertensão, destaca um perfil de vulnerabilidade clínica e social. As principais emoções relatadas, que variam entre sentimentos de preocupação, frustração e resiliência, apontam para a complexidade do enfrentamento diário das limitações causadas pelas lesões.
