FOTOBIOMODULAÇÃO NO TRATAMENTO DA NEUROINFLAMAÇÃO: REVISÃO SISTEMÁTICA DE EVIDÊNCIAS EM MODELOS ANIMAIS E PERSPECTIVAS PARA A CINOMOSE CANINA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-202Palavras-chave:
Fotobiomodulação, Terapia com luz de baixa intensidade, Cinomose Canina, NeuroinflamaçãoResumo
Introdução: A neuroinflamação, uma resposta imune no sistema nervoso central, está ligada a várias doenças neurológicas graves, como Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica. Quando esse processo inflamatório não é controlado, pode resultar em danos permanentes ao sistema nervoso. A fotobiomodulação (PBM), surge como uma abordagem inovadora e não invasiva, capaz de ajudar a tratar essas condições. Essa técnica utiliza luz em comprimentos de onda entre 600 e 1100 nm para estimular as células, melhorando o fluxo sanguíneo no cérebro, promovendo a regeneração neuronal e oferecendo proteção contra inflamações e danos oxidativos. Objetivo: Investigar os mecanismos celulares envolvidos e as possíveis aplicações da terapia com PBM, além de investigar um potencial futuro na medicina veterinária, no tratamento da cinomose canina. Métodos: Este estudo trata-se de revisão sistemática da literatura, baseada nas diretrizes do PRISMA. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus e Cochrane, com as palavras chave Photobiomodulation, Neuroinflammation e Low level light therapy. Resultados: Nesta revisão foi possível observar que a PBM surge como uma modalidade terapêutica promissora no tratamento da neuroinflamação em diversos modelos experimentais de doenças neurológicas, se mostrando capaz de modular múltiplos mecanismos fisiopatológicos, incluindo o aumento da expressão de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) e sinapsina-1, atenuação do estresse oxidativo, redução da morte neuronal, da ativação glial e da produção de mediadores inflamatórios, demonstrando seu potencial neuroprotetor abrangente. No tratamento da cinomose canina, a PBM sugere um potencial para futuros tratamentos na neuroinflamação causada pelo vírus e na reabilitação de animais sobreviventes da infecção. Conclusão: A PBM trouxe benefícios em diversos modelos de lesão, mostrando um efeito neuroprotetor consistente, com potencial para impactar positivamente a função neurológica e comportamental em diferentes condições, de forma segura e sem efeitos adversos, tornando-a uma candidata promissora para futuras terapias neuroprotetoras.