A ORIENTAÇÃO MOTIVACIONAL DE ADOLESCENTES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-167Palabras clave:
Orientação motivacional, Tarefa e Ego, Educação Física escolar, Ensino Fundamental, Ensino MédioResumen
Desde as primeiras civilizações, a Educação Física desempenha papel fundamental no processo de aprendizagem e desenvolvimento integral do ser humano. Seja para cultivar um corpo harmonioso, preparar para guerras ou formar cidadãos em pleno desenvolvimento físico e moral, diferentes objetivos foram empregados à Educação Física com o passar dos séculos. Nos dias atuais, a Educação Física é uma disciplina obrigatória da educação básica, com o objetivo de desenvolver a autonomia dos alunos para usufruir e ressignificar a cultura corporal do movimento. Entretanto, estudos recentes preocupam-se com o crescente fenômeno de distanciamento e desmotivação dos alunos nas aulas. A motivação, resultado do complexo comportamento humano, sendo única de indivíduo para indivíduo, exerce influência significativa nesse contexto. Compreender as motivações dos alunos torna-se necessário para que docentes possam criar estratégias e ações pedagógicas eficazes que garantam a adesão dos escolares às aulas. O objetivo do presente estudo foi avaliar e comparar a orientação motivacional (Tarefa e Ego) de alunos dos anos finais do ensino fundamental e médio, ou seja, adolescentes de treze a dezessete anos de idade, participantes das aulas de Educação Física escolar na rede municipal, pública e particular da cidade de Bauru – SP. Participaram do estudo 171 escolares pertencentes a rede de ensino municipal (44), rede estadual (86) e rede particular (41), com idade média de 14,6 ± 1,24 anos, sendo 91 (53,2%) meninas e 80 (46,8%) meninos. O instrumento utilizado foi o Questionário do Esporte de Orientação para Tarefa ou Ego (TEOSQ) adaptado para Educação Física escolar, composto por 13 afirmações que mensuram orientação para Tarefa e Ego via equação. O teste de Wilcoxon mostrou que houve diferença estatisticamente significante (p<.001) entre as variáveis Tarefa e Ego na amostra total, indicando que a orientação para Tarefa é predominante no ambiente escolar. Posteriormente, o teste U de Mann-Whitney não apontou diferença estatisticamente significativa entre as médias de meninos e meninas (p>0,05). Por fim, a análise de ANOVA one-way e o teste post-hoc de Bonferroni demonstraram diferença estatisticamente significativa (p<0,05) para Ego entre a rede de ensino Municipal e Particular, e entre Estadual e Particular. Não houve diferença significativa entre Municipal e Estadual. Na variável Tarefa não foi constatado diferença significativa entre escolas (p>0,05). Conclui-se que, apesar de cada indivíduo ser singular em sua própria motivação, a orientação para Tarefa foi predominante entre os escolares, o que indica motivação intrínseca elevada, característica daqueles que valorizam aprendizagem e realização a partir da sua competência. Destarte, destaca-se a importância do professor de Educação Física como mediador fundamental para manter os escolares motivados e envolvidos nas atividades.
