ÓBITOS MATERNOS E SUAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICO - EPIDEMIOLÓGICAS NA PANDEMIA DE COVID-19 EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-060Palavras-chave:
Mortalidade materna, Saúde reprodutiva, Covid-19Resumo
Objetivos: Analisar os dados clínicos e epidemiológicos das gestantes e puérperas com óbito materno entre março de 2020 e julho de 2022 em Imperatriz, Maranhão. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo. Excluíram-se casos por causas não obstétricas e causas tardias. Os dados foram obtidos por meio de prontuários, Fichas de Notificação de Óbito Materno e Declarações de Óbito. A análise foi realizada com o programa R Studio (R Core Team, 2021). Resultados: Foram analisados 43 óbitos, sendo que 58,1% das pacientes tinham diagnóstico de Covid-19. A maioria tinha entre 20 e 29 anos (53,5%), eram pardas (58,1%) e solteiras (65,1%), com ensino médio completo (44,1%). Das mulheres, 79,1% necessitaram de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva, e 81,4% tiveram parto cesariano. A maioria dos óbitos ocorreu em 2021 (60,4%), durante o puerpério (83,7%), com as principais causas sendo indiretas, como doenças infecciosas (69,7%). Predominou o número de nascidos vivos (71,7%), porém com baixo peso (60,7%) e prematuridade (78,5%). Conclusão: O estudo evidencia a fragilidade do cuidado em saúde durante a gestação, parto e puerpério, sobretudo em casos que exigem cuidados intensivos, destacando a urgência de ações eficazes para reduzir a mortalidade materna.