QUANDO A TECNOLOGIA SE TORNA PONTE E NÃO BARREIRA: REFLEXÕES CRÍTICAS SOBRE RECURSOS ACESSÍVEIS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL EM TURMAS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-270Palabras clave:
Acessibilidade, AEE, Inclusão, Mediação, TecnologiaResumen
A presença da tecnologia no campo da educação especializada não pode mais ser concebida como resposta técnica a demandas pontuais, tampouco como simples ferramenta de adaptação funcional. Quando situada no contexto do Atendimento Educacional Especializado (AEE), sua potência se revela na capacidade de produzir novas gramáticas pedagógicas, em que o acesso ao conhecimento não se faz por concessão, mas por direito constituído no interior de práticas sensíveis à diferença. A mediação tecnológica, nesse horizonte, exige mais do que instrumentalização: convoca a escola a revisitar suas lógicas de exclusão naturalizada e a reinventar-se como espaço de produção compartilhada de sentido. Este estudo tem como propósito adensar a compreensão crítica sobre as formas pelas quais os recursos tecnológicos acessíveis têm sido integrados ao cotidiano do Atendimento Educacional Especializado, buscando reconhecer nesses dispositivos não apenas a mediação material do acesso, mas o gesto simbólico de legitimar a presença do sujeito na escola. Para sustentar tal reflexão, adota-se uma metodologia bibliográfica ancorada em produções contemporâneas que tensionam as relações entre acessibilidade, pedagogia e tecnologia, privilegiando análises que situam a prática docente como campo ético de decisão e construção inclusiva. Pensar a acessibilidade, portanto, não é adaptar o existente, mas reconstruir as condições de pertencimento, abrindo espaço para que cada estudante seja reconhecido em sua singularidade sem ser reduzido a ela.
