PERFIL E CRENÇAS DE AUTOEFICÁCIA DE REGENTES DE GRUPOS MUSICAIS EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-265Palabras clave:
Crenças de Autoeficácia Docente, Educação Musical, Regência Musical, Grupos Musicais Escolares, Educação BásicaResumen
Os grupos musicais representam uma atividade relevante e bastante desenvolvida nas escolas de educação básica no Brasil, demandando professores que exerçam a função de regentes. Compreender quem são esses profissionais e como percebem suas capacidades é fundamental para a área da educação musical. Este artigo teve como objetivo principal caracterizar o perfil sociodemográfico e profissional de professores que atuam como regentes de grupos musicais em escolas de educação básica no Brasil e analisar o nível de suas Crenças de Autoeficácia (CAE) em cinco dimensões: D1 - ensinar música, D2 - gerenciar o comportamento dos alunos, D3 - motivar os alunos, D4 - considerar a diversidade dos alunos, e D5 - lidar com mudanças e desafios. Utilizou-se uma abordagem quantitativa, por meio de um survey interseccional online com técnica de coleta bola de neve. Participaram 147 professores/regentes de todas as regiões do país. O instrumento incluiu questões de perfil e a Escala de Autoeficácia do Professor de Música (EAPM), adaptada de Cereser (2011). Os resultados indicam um perfil majoritariamente masculino (68%), com média de idade de 38 anos, sendo os homens significativamente mais jovens que as mulheres. A amostra apresentou alta escolaridade (91,2% com graduação e 40,8% com pós-graduação), superior à média nacional de professores. Quanto às CAE, os regentes apresentaram níveis médios a altos em todas as dimensões, com maiores médias em "ensinar música" (D1; M=4,39) e "motivar os alunos" (D3; M=4,36), e a menor média em "lidar com mudanças e desafios" (D5; M=4,12), esta última associada a dificuldades contextuais como infraestrutura e material didático inadequados. Conclui-se que os regentes de grupos musicais escolares no Brasil formam um grupo com perfil específico, com alta escolaridade e que, apesar de se perceberem autoeficazes na maior parte de suas atribuições, enfrentam desafios contextuais que impactam suas crenças na capacidade de lidar com mudanças.
