AVALIAÇÃO DA RELEVÂNCIA DE MANOBRAS CEFÁLICAS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA

Resumen

Objetivos: o presente estudo objetiva descrever os principais mecanismos das manobras terapêuticas empregadas no tratamento da Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), com ênfase nos procedimentos de execução das manobras primárias utilizadas na prática clínica. Adicionalmente, esta revisão busca elucidar como a identificação precisa do canal semicircular afetado e a aplicação adequada destas manobras contribui para a resolução dos sintomas, a prevenção de recorrências e a minimização das limitações funcionais impostas pela vertigem. O trabalho também revisa os fatores etiológicos e os subtipos da patologia, oferecendo uma perspectiva atualizada acerca de sua fisiopatologia e manejo clínico.

Resultados: os resultados do estudo indicam que a VPPB afeta com maior frequência o sexo feminino, tendo como principal local de acometimento o labirinto direito, com ênfase no canal semicircular posterior. Fatores de risco para o desenvolvimento da patologia incluem hipertensão arterial, diabetes mellitus, osteoporose e deficiência de vitamina D. A taxa de recorrência da VPPB é elevada, o que reforça a importância de um diagnóstico preciso, sendo feito a partir de uma avaliação clínica minuciosa, com destaque para a manobra de Dix-Hallpike, considerada o padrão ouro para a identificação do nistagmo característico. Em relação ao tratamento, as manobras terapêuticas se mostraram eficazes, especialmente as de movimentação cefálica. A manobra de reposicionamento foi capaz de controlar o nistagmo e solucionar os sintomas, sobretudo nos casos de acometimento unilateral do canal posterior.

Conclusão: o diagnóstico e o tratamento apropriados da VPPB são cruciais para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, a prevenção de quedas e a redução das limitações nas atividades cotidianas. Embora a vertigem seja de breve duração, esta apresenta considerável desfecho funcional. Assim, a identificação precisa do canal afetado e a aplicação da manobra terapêutica pertinente são imprescindíveis. O estudo enfatiza a necessidade de maior atenção às nuances das manobras diagnósticas e terapêuticas, com o objetivo de garantir um manejo eficiente da VPPB.