AS FUNÇÕES EXECUTIVAS NA AUTORREGULAÇÃO: EFEITOS NO RENDIMENTO ACADÊMICO E NO BEM-ESTAR PSICOLÓGICO

Resumen

As funções executivas (FEs) constituem um conjunto de processos cognitivos de alto nível que capacitam os indivíduos a regular seus pensamentos e ações em direção a objetivos específicos. Essas habilidades incluem planejamento, tomada de decisão, controle inibitório e flexibilidade cognitiva, sendo fundamentais para a autorregulação e a resolução eficaz de problemas. O crescente corpo de pesquisa sobre FEs ressalta sua importância em contextos educacionais e clínicos, especialmente em relação ao córtex pré-frontal, que desempenha um papel central na execução dessas funções. Importante destacar que as FEs não são inatas, mas sim adquiridas e aprimoradas por meio de experiências e interações sociais, particularmente durante a infância. Estudos apontam que programas educacionais focados no desenvolvimento das FEs podem não apenas aprimorar o desempenho acadêmico, mas também favorecer a regulação emocional, sendo, assim, essenciais para o bem-estar psicológico. Contudo, é imperativo reconhecer as limitações existentes nas investigações, que frequentemente concentram-se em populações específicas e, muitas vezes, desconsideram a diversidade cultural. O artigo também explora a inter-relação entre as FEs e a memória de trabalho, enfatizando como a capacidade de manter e manipular informações temporárias é crucial para a execução eficaz das funções executivas. Ademais, destaca a necessidade de intervenções que abordem as defasagens nas FEs, as quais podem impactar negativamente o desempenho acadêmico e o bem-estar geral dos indivíduos. Em síntese, a promoção das funções executivas revela-se vital para o desenvolvimento humano, contribuindo para a formação de indivíduos resilientes e capacitados a enfrentar os desafios contemporâneos.