MANEJO DE HIPONATREMIA GRAVE: PAPEL DO TOLVAPTANO E A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO LENTA PARA PREVENIR MIELINÓLISE
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-190Palabras clave:
Hiponatremia grave, Tolvaptano, Desmielinização osmótica, Correção do sódio, SIADHResumen
A hiponatremia grave é um distúrbio eletrolítico frequente em pacientes hospitalizados e representa risco significativo de complicações neurológicas, especialmente quando a correção do sódio sérico é realizada de forma rápida. O tolvaptano, um antagonista seletivo dos receptores V2 da vasopressina, tem emergido como uma opção terapêutica eficaz na correção da hiponatremia euvolêmica e hipervolêmica, principalmente em casos de síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH). Objetiva-se neste estudo analisar a eficácia do tolvaptano no manejo da hiponatremia grave e discutir a importância da correção lenta na prevenção da síndrome de desmielinização osmótica (ODS). Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura em bases de dados como PubMed, Scopus, Embase, Web of Science e Cochrane Library, abrangendo publicações entre 2015 e 2025. Foram selecionados 10 estudos, incluindo meta-análises, estudos de coorte, ensaios clínicos randomizados e relatos de caso. Os achados demonstram que o tolvaptano promove elevação significativa e rápida do sódio sérico, mas com risco considerável de hipercorreção, especialmente em pacientes com hiponatremia profunda e baixos níveis de ureia. Relatos de ODS mesmo com correções dentro dos limites considerados seguros reforçam a necessidade de monitoramento rigoroso e abordagem individualizada. Conclui-se que o tolvaptano é uma ferramenta terapêutica valiosa, desde que utilizada com cautela, respeitando os parâmetros clínicos e laboratoriais de cada paciente.
