DESPERTANDO CONSCIÊNCIAS – POR UMA EDUCAÇÃO ANTICAPACITISTA COMO CAMINHO PARA PROCESSOS EDUCACIONAIS INCLUSIVOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-001Palabras clave:
Educação Anticapacitista, Inclusão Escolar, Diferença, Justiça SocialResumen
A presente pesquisa propõe uma reflexão crítica sobre a urgência de consolidar uma educação anticapacitista como fundamento ético, político e pedagógico para a construção de práticas educacionais verdadeiramente inclusivas. O estudo problematiza os limites das políticas de inclusão que, embora avancem em termos legais, ainda reproduzem uma lógica integracionista, marcada pela tolerância normativa e pela negação da diferença. Diante disso, indagamos: De que maneira a perspectiva anticapacitista pode contribuir para a superação das práticas escolares integracionistas e para a efetivação de uma educação inclusiva que reconheça e valorize as diferenças como constitutivas do processo educativo? Teoricamente, utilizamos o repertório de Barton (1989; 1996; 2001; 2018), Diniz (2007), Erevelles (2011), Freire (1996), Garland-Thomson (1997), Guerra (2021), Kazumi Sassaki (1997), Linton (1998), Mitchell e Snyder (2014), Riddle (s.d.), Shakespeare (1996; 2006; 2018), Skliar (1997; 2020), Werneck (1997), entre outros. Metodologicamente a pesquisa é de cunho qualitativa (Minayo, 2007), descritiva e bibliográfica (Gil, 2008) e analisada a partir do viés compreensivo (Weber, 1949). Os resultados da pesquisa defendem uma pedagogia da adaptação e do enquadramento como condição indispensável para a construção de uma escola que reconheça a diversidade humana como valor e não como obstáculo. Ao despertar consciências para as violências simbólicas e institucionais que atravessam os processos escolares, a educação anticapacitista se apresenta como horizonte emancipador, capaz de ressignificar o papel da escola, da docência e das relações educativas no combate às opressões. Trata-se, portanto, de deslocar o olhar da deficiência como déficit individual para compreendê-la como produto de uma organização social excludente, reafirmando a urgência de práticas pedagógicas comprometidas com a justiça social.
