EDUCAÇÃO, NEOLIBERALISMO E SUBJETIVIDADES: INTERFACES NECESSÁRIAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-292Palabras clave:
Educação, Racionalidade neoliberal, Governança de subjetividades, Sociedade brasileiraResumen
Este artigo objetiva refletir sobre as implicações da racionalidade neoliberal na sociedade brasileira, com ênfase na transformação da educação em mercadoria sob a lógica do capital. A fundamentação teórica se concentra em autores, como Harvey (2008), Mascaro (2013) e Dardot e Laval (2016), que discutem o neoliberalismo como uma hegemonia discursiva que altera subjetividades e redefine o papel do Estado. Metodologicamente, trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa, que analisa as reformas estatais no Brasil a partir da década de 1990 e a atuação do empresariado na educação. Os resultados indicam que o Estado passou de executor a regulador das políticas públicas, ao promover parcerias público-privadas e incentivar a mercantilização da educação. A racionalidade neoliberal impõe uma “governança de subjetividades”, orientando condutas individuais segundo princípios de competição e eficiência. O empresariado assume papel central na educação, de modo a promover valores, como empregabilidade e empreendedorismo, afastando-se da concepção da educação como direito social. Conclui-se que o neoliberalismo ressignifica a educação como mercadoria, enfraquecendo seu caráter humanitário. A resistência a essa racionalidade requer consciência crítica e engajamento político, especialmente no campo educacional, para reivindicar a educação como bem público.
