DEMOCRATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS PATRIMONIAIS E A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES NACIONAIS EM TEMPOS DE RE(EXISTÊNCIA)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-231Palavras-chave:
Identidades, Práticas Patrimoniais, MaxakaliResumo
O presente artigo tem como temática central a construção de identidades nacionais através da possibilidade de patrimonialização de rituais dos Maxakali, quais sejam, os yãmîy-cantos que se referem aos yãmîy-espíritos cantores. De forma transversal, destaca questões outras que colocam em discussão as marcas dos combates pelo patrimônio em tempos de (re)existência, ao tempo em que também problematiza a comoção por imagens de estátuas e/ou outros bens patrimoniais incendiados/depredados em 2021. Sob uma perspectiva decolonial, o objetivo da nossa reflexão é responder à questão: em que medida as composições poético-musicais (poemúsicas) cantadas nos yãmîyxops dos Maxakali podem ser considerados como elemento de sentido para a elevação e registro enquanto patrimônio imaterial brasileiro, considerando às novas formas de resistências em tempos de golpes, ataques ao patrimônio e desmonte da democracia? Para tanto, o artigo está dividido em dois tópicos perpassados pelo entendimento das políticas patrimoniais no Brasil, e por reflexões acerca da construção/desconstrução das identidades nacionais a partir dos modos de viver dos povos originários.