APLICABILIDADE DO MÉTODO “VER E TRATAR” EM ACHADOS CITOLÓGICOS E COLPOSCÓPICOS SUGESTIVOS DE LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU (HSIL) EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO NORTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-175Palabras clave:
Método "Ver e Tratar", Lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), Colposcopia e citologiaResumen
No Brasil, foram estimados 16.340 novos casos de câncer de colo de útero– aumento de 4,8% em relação a 2014 – mantendo-se como o terceiro câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras. Apesar dos avanços nas políticas de rastreamento, o diagnóstico ainda é realizado em fases avançadas da doença. Nesse sentido, a aplicação do método “ver e tratar” pode ser fundamental para um tratamento eficiente, com menor custo e menor perda de seguimento de pacientes. Assim, o presente estudo objetiva avaliar a concordância dos achados citológicos, colposcópios e histológicos, considerando a aplicabilidade do método “Ver e Tratar”, com o intuito de projetar o desempenho do método em um centro de referência no Norte do País. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo quantitativo, descritivo. Os dados do estudo foram coletados a partir dos prontuários eletrônicos das pacientes atendidas no ambulatório Patologia do Trato Genital Inferior (FSCMPA) do Hospital Santa Casa de Misericórdia no ano de 2023. Foram coletados dados relativos à patologia, tipo de manejo e tratamento realizado, como a aplicação do método “Ver e tratar”, resultados de exame histopatológico e diagnóstico final, além de possíveis alterações no curso da doença e/ou do tratamento. Cada caso foi classificado em: histopatológico positivo para HSIL e histopatológico negativo para HSIL. Neste estudo, dentre as pacientes com achados colposcópicos maiores, cerca de 28% poderia ter se beneficiado da aplicação do método ver e tratar. De forma a diminuir o tempo de espera pelo tratamento (em média de 3 meses e 20 dias). Apesar disso, esse valor ainda enquadra-se como desfavorável para realização do ver e tratar.
