EFEITO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E NA TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA DE INDIVÍDUOS COM PARALISIA CEREBRAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-140Palabras clave:
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, Paralisia Cerebral, Sistema Nervoso Autônomo, Sistema Nervoso Simpático, Variáveis AutonômicasResumen
Introdução: A paralisia cerebral (PC) é caracterizada por um conjunto de desordens não progressivas, mas mutáveis, causadas por uma lesão no encéfalo imaturo e acompanhadas por desajustes no balanço simpático-vagal, com menor variabilidade da frequência cardíaca (VFC) quando comparada aos indivíduos com desenvolvimento típico. A termografia infravermelha (TIV) é capaz de observar a atividade simpática através da temperatura da pele de forma remota e não invasiva. A terapia por fotobiomodulação (TFBM) tem mostrado efeitos promissores nas respostas de modulação de variáveis autonômicas. Objetivo: Verificar o efeito da TFBM nas variáveis autonômicas de indivíduos com PC. Métodos: Foram incluídos no estudo oito crianças e adolescentes (8,75 ± 1,67 anos de idade) com PC e randomizados entre os grupos TFBM (GFBM [n = 5]) e placebo (GP [n = 3]). A intervenção consistiu em 12 sessões, duas vezes por semana, com aplicação da TFBM no GFBM em sete regiões de cada membro inferior (cluster 850 nm, 3.276 J, 3 J/cm²) e simulação de aplicação no GP. O aparelho Polar (RS800CX) foi utilizado para registro dos intervalos R-R e a câmera termográfica FLIR E8 WI-FI (FLIR® Systems, Inc.), com resolução 320 x 240 pixels, foi utilizada para a TIV. A análise estatística foi feita por meio do teste ANOVA de medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. Resultados: Foi observada diferença significativa na condição pós-intervenção para iRR (p = 0,035), pNN50 (p = 0,047) e frequência cardíaca (p = 0,018). Os dados de iRR e pNN50 são marcadores parassimpáticos e apresentaram valores aumentados para momento pós no GFBM. Para a frequência cardíaca, indicador do comportamento simpático, houve diminuição no GFBM. Apesar da TIV não ter apresentado diferença estatística significativa, houve aumento da temperatura facial e diminuição da temperatura periférica no GFBM, sugerindo redução da condição de estresse. Conclusão: A TFBM apontou resultados promissores de maior influência do sistema nervoso parassimpático e modulação do sistema nervoso simpático, podendo promover melhores condições de saúde.