PERFIL CINÉTICO-FUNCIONAL DE PACIENTES NA ALTA DA UTI: ESTUDO PILOTO, TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-287Palabras clave:
Dinamometria, Escalas Funcionais, Funcionalidade, Mobilização Precoce, Unidade de Terapia IntensivaResumen
Introdução: Com os avanços do conhecimento fisiopatológico das comorbidades associadas ao repouso excessivo no leito hospitalar é de grande importância para o profissional Fisioterapeuta saber atuar na identificação dessas comorbidades, através da utilização de instrumentos que avaliem e determinem a funcionalidade do paciente e estão relacionadas a desfechos clínicos importantes. Objetivos: Traçar o perfil cinético-funcional de pacientes na alta após internamento em Terapia intensiva nos domínios verticalização, força muscular periférica e funcionalidade e analisar suas respectivas correlações. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, de caráter piloto realizado em pacientes internados nas UTIs Geral e Coronariana do Hospital Agamenon Magalhães, Recife-PE. Foram obtidos dados sobre verticalização do paciente (sedestação passiva, ativa, bipedestação), força muscular periférica e funcionalidade na alta da uti de pacientes submetidos e não submetidos a Ventilação Mecânica (VM). Resultados: O número total da amostra foi de 19 participantes. Sendo composta por 63,2% do sexo masculino, com idade média de 65,7 anos. Foi registrado uma média de 23,6 dias de internação, onde 47,4% dos pacientes necessitaram ser submetidos a Ventilação Mecânica (VM). Em relação aos marcos funcionais, 1ª Sedestação Passiva aconteceu em média 10,7 dias após a admissão, já a 1ª Sedestação Ativa levou média 10,7 dias e 1ª Bipedestação levou em média 13,3 dias. A dinamometria, teve como resultado uma média de 21,35±7,48 Kgf para os homens e 16;28±3,19 para as mulheres. Já MRC, registrou uma média de 54,6 pontos. O nível funcional foi avaliado pelas escalas PERME e IMS, que obtiveram médias de 22,8 e 6,8; respectivamente. Foi possível identificar uma diferença significativamente estatística entre os pacientes que foram submetidos a ventilação e os que não foram submetidos em relação aos dias de Internamento na UTI, verticalização, dinamometria (Kgf), MRC, PERME scale e IMS na alta. Também foi possível identificar uma correlação forte entre o tempo levado para alcançar os marcos funcionais de verticalização e o tempo de internação na UTI. Conclusão: As limitações relacionadas ao desenho do estudo, poder da amostragem e análises inferenciais limitam a generalização dos dados porém observou-se que avaliação cinético-funcional multimodal é capaz de identificar prejuízos na força muscular na funcionalidade nos pacientes expostos ao imobilismo no leito, possibilitando mensurar a eficácia das intervenções fisioterapêuticas praticadas na população estudada como medidas essenciais para na prevenção e/ou recuperação do declínio funcional.
