DINÂMICA SAZONAL DA ERLIQUIOSE CANINA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM UM HOSPITAL VETERINÁRIO ESCOLA DO NOROESTE DO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-200Palabras clave:
Controle parasitário, Ehrlichia canis, Prevalência, Rhipicephalus linnaei, SazonalidadeResumen
A erliquiose monocítica canina (EMC) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Ehrlichia canis, transmitida principalmente pelo carrapato Rhipicephalus linnaei. A enfermidade afeta células sanguíneas, com sintomas clínicos variados e difícil diagnóstico devido à sua apresentação heterogênea. A prevalência de EMC é alta em diversas regiões do Brasil, sendo um desafio para os médicos veterinários, especialmente devido à relação com fatores ambientais e biológicos, como a infestação por carrapatos. Considerando a relevância epidemiológica da doença, objetivou-se analisar sua prevalência associada ao diagnóstico de E. canis em cães atendidos no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Estadual de Maringá, campus Umuarama, no período de novembro de 2022 a outubro de 2024. Foi realizado um levantamento de dados em 2.503 fichas clínicas de cães, diagnosticados por testes imunocromatográficos ou pela visualização de mórulas intracitoplasmáticas. As variáveis analisadas foram prevalência, período do ano, sexo, faixa etária e histórico de infestação por carrapatos. Os resultados mostraram uma predominância de 7,83%, com maior incidência no inverno (33,7%), em discordância com estudos prévios que apontam o verão como o período de maior prevalência. A pesquisa também evidenciou que cães adultos e idosos foram os mais afetados, enquanto filhotes apresentaram baixa prevalência, o que corrobora achados anteriores sobre a maior suscetibilidade dos adultos à doença. Além disso, a presença de carrapatos foi observada em 63,8% dos casos, destacando a forte correlação entre a infestação por ectoparasitas e o desenvolvimento da infecção. A EMC tem alta prevalência em cães atendidos na região de Umuarama, com fatores como faixa etária e infestação por carrapatos influenciando a prevalência. Os dados sugerem que o controle de carrapatos, mais do que a sazonalidade, impacta significativamente a primazia da doença, destacando a importância do controle parasitário durante o ano todo, especialmente antes dos períodos de maior incidência, como inverno e verão.
