MARCADORES SOCIAIS DE DESIGUALDADES: A INVISIBILIDADE DO TRABALHO DOMÉSTICO E A ESTRUTURAÇÃO DAS DESIGUALDADES DE GÊNERO E RAÇA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-178Palabras clave:
Trabalho Doméstico, Raça, Gênero, Desigualdades SociaisResumen
No Brasil, considerando relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) (2022) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) (2022), o trabalho doméstico remunerado é predominantemente exercido por mulheres, abrangendo aproximadamente 5,9 milhões de trabalhadoras, o que equivale a 16,8% da força de trabalho feminina. Dentre elas, 61% são mulheres negras. Historicamente, as empregadas domésticas enfrentaram diversas formas de exclusão, como salários baixos, vínculos empregatícios precários e discriminações de raça e gênero. Ao abordar essa temática, enfatizamos a subjetividade inerente aos fenômenos sociais, adotando uma perspectiva dialética e histórica sobre a relação entre indivíduo e sociedade, dentro de um contexto histórico específico. Através da revisão e estudos bibliográficos, em que se interseccionam categorias como raça, gênero e trabalho doméstico, foi possível compreender o trabalhador doméstico não apenas como um reflexo das condições sociais em que está inserido, mas como um agente ativo na construção e transformação dessa realidade. Assim, esta pesquisa busca contribuir para a crítica à ideologia hegemônica que perpetua a subalternização dessas profissionais e as mantém em um status de cidadania precarizada, sem pleno reconhecimento de seus direitos.
