UM OLHAR DA CARTOGRAFIA SOCIAL SOBRE OS QUILOMBOS TITULADOS DE SERGIPE: REPRESENTANDO DINÂMICAS TERRITORIAIS, ANSEIOS E CULTURA LOCAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-174Palabras clave:
Cartografia Social, Comunidade Quilombola, Titulação, Territorialidade, Qualidade de Vida, SustentabilidadeResumen
A cartografia social é uma ferramenta essencial para a valorização dos territórios quilombolas, permitindo a representação participativa dos espaços vividos e a preservação da memória coletiva. No estado de Sergipe, os quilombos titulados enfrentam desafios importantes relacionados à governança territorial, preservação cultural, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida. O presente estudo tem como objetivo analisar a aplicação da cartografia social nos territórios quilombolas titulados sergipanos, com ênfase na representação participativa dos espaços vividos, na preservação cultural e na articulação de saberes técnicos e tradicionais para o empoderamento comunitário. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, utilizando oficinas de grupos focais realizadas em quatro quilombos titulados de Sergipe. Os dados foram coletados por meio de conversas informais, observação in loco e análise dos mapas produzidos pelas comunidades. Os resultados indicam que a cartografia social apresenta um impacto significativo na autonomia dos quilombolas, permitindo maior visibilidade de suas demandas e ampliando as possibilidades de reivindicação de direitos. Em relação aos mapas colaborativos, esses refletem elementos simbólicos e materiais que são importantes à identidade quilombola, pois destacam a relação entre território, cultura e ancestralidade. Conclui-se que a cartografia social é uma estratégia eficaz na luta por reconhecimento e busca por políticas públicas mais inclusivas, contribuindo para a construção de um modelo de desenvolvimento que esteja alinhado às necessidades e perspectivas das comunidades quilombolas.
